A partir de todo esse processo, precisei mais do que nunca me voltar para o Senhor, me refugiar nEle! Foram muitos os momentos de angústia, choro e clamor. Por muitas vezes, pensei que não teria forças para aguentar até o final. Mas ao mesmo tempo, um relacionamento gostoso com o Senhor ia se aprofundando em minha vida: dependência, disciplina, sensibilidade, transformação e mais do que tudo rendição.
Nesse processo todo, comecei a me deparar com minhas falhas, limitações, fraquezas e medos. Comecei a ver que em mim mesma não era tão forte quanto pensava, não conseguia lidar com tudo como imaginava. Não conseguia suprir a expectativa das pessoas em relação a mim. Comecei a entrar em crise, por ver que não daria conta de tudo. Que não sou perfeita e que não consigo suprir a necessidade de todos a minha volta. Então, precisei aprender a dizer NÃO e me posicionar com as pessoas para ouvir somente a voz de Deus. Foi aí que o Senhor me parou para ouvi-Lo.
Passei por muita confusão mental. No meu íntimo acontecia uma transformação de mente. Era tempo de realinhar meus pensamentos com Deus. Para isso, o Espírito Santo me orientou a escrever aquilo que Ele ministrava ao meu coração, para que eu pudesse entender o que Deus estava fazendo. Essa foi a maneira pela qual consegui organizar meus pensamentos, para melhor entender aquilo que Deus estava realizando na minha vida. Quanto mais o tempo ia passando, mais eu ia escrevendo e vendo a confirmação do que Deus ia me revelando.
A cada dia, um novo versículo saltava ao meu coração como resposta aos meus pensamentos, medos e ansiedades. A partir desse relacionamento, do amor de Deus e da sua palavra, passei novamente a crer, confiar, descansar em Deus. A palavra de Deus trazia cura a minha vida dia a dia.
Hoje, vejo que o Senhor sabiamente foi me mostrando o meu estado, para me levar ao arrependimento da autossuficiência e independência. Ele me mostrou que não posso nada sem Ele e me revelou quem eu realmente sou nEle, e assim, me conduziu a viver uma vida de dependência do Pai, movida pelo Espírito Santo de Deus, e não pela minha força.
Um dos primeiros textos que o Senhor tocou meu coração para abrir meu entendimento, foi Romanos 8:15 que nos revela nossa nova identidade como filhos de Deus, por adoção. Deus estava resgatando a minha identidade.
No começo não entendia a profundidade do que Ele queria me falar com esse versículo. Mas, aos poucos, fui entendendo que eu ainda não me via como filha, mas como serva apenas. Sentia um fardo pesado, sempre frustrada quando não cumpria minhas “obrigações”. Deus foi me mostrando que com a minha nova filiação (filha de Deus) sou livre do espirito de escravidão para não viver mais atemorizada, mas tenho a liberdade de me relacionar com o meu Aba Pai!
O termo Aba Pai, do aramaico, significa “papaizinho”, denota intimidade, carinho, amor. Conhecendo meu Aba Pai, tenho me libertado da falta de confiança, do medo e da ansiedade, porque Ele me ama independente de mim. Crendo nesse Papaizinho vou sendo cheia de fé, porque deixo de olhar para mim e passo a olhar para Ele! Passo a conhece-Lo como Ele é, e não como eu era. Não sou mais serva, não carrego mais o peso de cumprir obrigações sem poder falhar, pois o Seu amor é incondicional. Passo a ser movida pelo Espírito, e não pela minha força, porque por mim nada posso fazer.
Lívia Bergel.
Nós mulheres somos cheias de necessidades para o nosso bem-estar, não é mesmo? E não há problema nenhum em nos sentirmos bem, muito pelo contrário! Mas será que estamos buscando essa satisfação no lugar certo? Nossa satisfação deve estar em Jesus!
Eu nunca fui uma pessoa muito fã de desafios. Pelo contrário, sempre tentei fugir deles. De um tempo para cá tenho aprendido que eu realmente sou incapaz. Mas a boa notícia é, Jesus habita em mim! Nele sou capaz, suficiente e adequada, e nEle não há temor!